Em muitos países as FARC são classificadas como organização terrorista. Mas ela se auto proclamou uma organização político-militar marxista-leninista de inspiração bolivariana. A FARC diz representar a população rural contra as classes abastadas e se opõe à influência do EUA na Colômbia. A organização argumenta que esses objetivos motivam os esforços do grupo pela tomada do poder na Colômbia através de uma revolução armada. Segundo o governo norte-americano, as FARC obtêm financiamento principalmente através de extorsões, seqüestros e tráfico de drogas. Ao que parece, com o forte apoio econômico-militar estadunidense e a propaganda massiva, que classificam as FARC como partícipes do dito "eixo do mal" perante a simplória opinião pública as táticas de guerra puderam ficar mais abertas e agressivas.
As FARC, além do grupo guerrilheiro armado, são compostas por mais três grupos. Uma milícia civil armada apóia os insurgentes em ações secretas de inteligência, no interior do país. Nas capitais as ações revolucionárias de guerra estão por conta do Partido Comunista Clandestino Colombiano. E nos mais diversos rincões do país existem os grupos de simpatizantes, civis desarmados e idealistas que apóiam o abastecimento alimentício, por exemplo. Grande parte dos guerrilheiros é composta de camponeses pobres cuja miséria lhes levou às fileiras rebeldes. Lá aprenderam a ler e a lutar. Lógico que nunca veremos estas informações na Veja ou na Globo
Outros, com mais formação, vêem nas FARC a única chance de mudanças políticas no país. Estes se preparam para os cargos de comando, estudando tanto a Política, como a Psicologia e a Economia. Inclusive, fator de grandes elucubrações atualmente, é o financiamento das FARC. Segundo as palavras do próprio Comandante do Secretariado Geral das FARC, Raúl Reyes:
"as FARC são um exército do povo que se nutre da economia do país, que é o petróleo, o café, as esmeraldas, o gado, o algodão, a coca e a papoula. Assim as FARC cobram um imposto àqueles capitalistas que tenham mais de um milhão de dólares, independentemente da proveniência de seus capitais. Não perguntamos ao empresário das transportadoras se seus caminhões foram comprados com dinheiro do narcotráfico. As FARC não têm cultivos, não negociam com narcóticos, não vendem favores aos narcotraficantes. As FARC subsistem da economia do país, apesar da campanha encabeçada pelos EUA que tem por fim desacreditar-nos, mostrar-nos não como uma organização revolucionária, mas como narcotraficantes, agora narcoterroristas. Mas é normal que os EUA façam isso, pois são nossos inimigos e, portanto, fazem o que devem fazer".
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