No final da tarde de quarta-feira a imagem de um homem de meia idade ilustrava a página de entrada da Apple, seguida dos dizeres: Steve Jobs 1955-2011. Pouco tempo depois, multiplicavam nas redes sociais mensagens como: Vai se o gênio, fica um legado, um homem de futuro, um vencedor! Nas mesmas redes, vozes dissonantes expunham a base sob a qual se fundou tal império, e que futuro nos espera tendo Jobs como parâmetro. Entretanto, ecoavam no isolamento que tal compreensão se encontra em nossa sociedade.
Tratando dos fatos, o blog CEVIU, especializado em informações sobre vagas de emprego e tecnologia da informação e informática, anunciava: “Por contrato, funcionários da fábrica da Apple na China estão proibidos de cometer suicídio”.
Segundo o texto, “a Focxonn, responsável pela fabricação de aparelhos da Apple na China, obrigou que seus funcionários assinassem um acordo que prevê o não pagamento de indenizações para famílias de trabalhadores que cometam suicídio. A iniciativa veio após a 11ª tentativa de suicídio de funcionários da empresa em 2011. Só no ano passado, 13 empregados da Foxconn chinesa se suicidaram.
O acordo assinado pelos funcionários também autoriza que a Foxconn tenha autonomia para encaminhar para hospitais trabalhadores que apresentem qualquer sintoma de depressão ou comportamento estranho. O problema na fábrica é tão grande que no ano passado os prédios da empresa na China receberam redes de proteção com cerca de 3 metros de altura para evitar que trabalhadores se jogassem dos andares mais altos”.
A notícia não é novidade, já em junho de 2010, a Folha de São Paulo, comentava a repercussão do caso: “Não foi muito tempo dedicado à discussão do assunto, mas Steve Jobs disse que a Apple está “tentando entender” os suicídios na fornecedora chinesa Foxconn, durante o evento organizado pelo blog de tecnologia do diário “The Wall Street Journal”.
As respostas do gênio seguiram previsiveis: “Observamos tudo nessas empresas, e a Foxconn não é uma exploradora. Estamos todos debruçados nisso”. E também, “embora todo suicídio seja trágico, a taxa de suicídio da Foxconn é bem menor do que a média na China”, escreveu Jobs, em resposta ao fã da marca Jay Yerex.
Primeiramente, vale lembrar que toda empresa capitalista tem por pressuposto a exploração da força de trabalho para extração da mais valia. A exploração não é privilégio de ou de outro capitalista, é a base sob a qual o capital se sustenta.
Camaradas...Steve Jobs não entendia porque os trabalhadores da Foxconn se suicidavam (tão inteligente e não entendia isso). Foxconn tem suas fábricas localizadas em países no qual a renumercação da força de trabalho atinge níveis baixíssimos: Taiwan, Cingapura, Filipinas, Malásia, Tailândia, República Tcheca.
“A sociedade moderna é um deserto habitado por bestas selvagens. Cada indivíduo está isolado dos dem
ais, é um entre milhões, numa espécie de solidão em massa. As pessoas agem entre si como estranhas, numa relação de hostilidade mútua: nessa sociedade de luta e competição impiedosas, de guerra de todos contra todos, somente resta ao indivíduo ser vítima ou carrasco. Eis, portanto, o contexto social que explica o desespero e o suicídio” (MARX, 2006, página 16).
1 comentários:
Nossssaaaaaaaaaaa .... e suicidio e complicado dizer o por que .. mas vamos ser sinceros .... a vida deles nao era uma mil maravilha igua a do nosso querido Steve Jobs.
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