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Por que Choramos?

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

No final da tarde de quarta-feira a imagem de um homem de meia idade ilustrava a página de entrada da Apple, seguida dos dizeres: Steve Jobs 1955-2011. Pouco tempo depois, multiplicavam nas redes sociais mensagens como: Vai se o gênio, fica um legado, um homem de futuro, um vencedor! Nas mesmas redes, vozes dissonantes expunham a base sob a qual se fundou tal império, e que futuro nos espera tendo Jobs como parâmetro. Entretanto, ecoavam no isolamento que tal compreensão se encontra em nossa sociedade.
Tratando dos fatos, o blog CEVIU, especializado em informações sobre vagas de emprego e tecnologia da informação e informática, anunciava: “Por contrato, funcionários da fábrica da Apple na China estão proibidos de cometer suicídio”.
Segundo o texto, “a Focxonn, responsável pela fabricação de aparelhos da Apple na China, obrigou que seus funcionários assinassem um acordo que prevê o não pagamento de indenizações para famílias de trabalhadores que cometam suicídio. A iniciativa veio após a 11ª tentativa de suicídio de funcionários da empresa em 2011. Só no ano passado, 13 empregados da Foxconn chinesa se suicidaram.
O acordo assinado pelos funcionários também autoriza que a Foxconn tenha autonomia para encaminhar para hospitais trabalhadores que apresentem qualquer sintoma de depressão ou comportamento estranho. O problema na fábrica é tão grande que no ano passado os prédios da empresa na China receberam redes de proteção com cerca de 3 metros de altura para evitar que trabalhadores se jogassem dos andares mais altos”.
A notícia não é novidade, já em junho de 2010, a Folha de São Paulo, comentava a repercussão do caso: “Não foi muito tempo dedicado à discussão do assunto, mas Steve Jobs disse que a Apple está “tentando entender” os suicídios na fornecedora chinesa Foxconn, durante o evento organizado pelo blog de tecnologia do diário “The Wall Street Journal”.
As respostas do gênio seguiram previsiveis: “Observamos tudo nessas empresas, e a Foxconn não é uma exploradora. Estamos todos debruçados nisso”. E também, “embora todo suicídio seja trágico, a taxa de suicídio da Foxconn é bem menor do que a média na China”, escreveu Jobs, em resposta ao fã da marca Jay Yerex.
Primeiramente, vale lembrar que toda empresa capitalista tem por pressuposto a exploração da força de trabalho para extração da mais valia. A exploração não é privilégio de ou de outro capitalista, é a base sob a qual o capital se sustenta.

"O trabalhador produz riqueza objetiva, mas sob a forma de capital, uma força que lhe é estranha, o domina e explora, e o capitalista produz também constantemente a força de trabalho, mas sob a forma de uma fonte subjetiva de valor, separada dos objetos sem os quais não se pode realizar, abstrata, existente apenas na individualidade do trabalhador..." No processo múltiplo das muitas consequências a incompreensão de todas as partes. Eis um pouco das origens dos dramas humanos engendrados por esta forma sistêmica.

Camaradas...Steve Jobs não entendia porque os trabalhadores da Foxconn se suicidavam (tão inteligente e não entendia isso). Foxconn tem suas fábricas localizadas em países no qual a renumercação da força de trabalho atinge níveis baixíssimos: Taiwan, Cingapura, Filipinas, Malásia, Tailândia, República Tcheca.

“A sociedade moderna é um deserto habitado por bestas selvagens. Cada indivíduo está isolado dos dem
ais, é um entre milhões, numa espécie de solidão em massa. As pessoas agem entre si como estranhas, numa relação de hostilidade mútua: nessa sociedade de luta e competição impiedosas, de guerra de todos contra todos, somente resta ao indivíduo ser vítima ou carrasco. Eis, portanto, o contexto social que explica o desespero e o suicídio” (MARX, 2006, página 16).

1 comentários:

Bonequinha do potinho disse...

Nossssaaaaaaaaaaa .... e suicidio e complicado dizer o por que .. mas vamos ser sinceros .... a vida deles nao era uma mil maravilha igua a do nosso querido Steve Jobs.

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DESCRIÇÃO-AQUI.